Luc Besson, em recente entrevista ao Cinepop, deu sua opinião sobre o gênero super-herói estar dominando a paisagem de Hollywood no entretenimento de hoje.
“Estou totalmente cansado disso” - disse o diretor de Quinto Elemento - que acabou de realizar o sonho de sua vida trazendo para as telas Valerian e Laureline, adaptação para o cinema da graphic-novel “Valerian: o agente espaço-temporal”, de Pierre Christin e Jean-Claude Mézières.
"Totalmente. Foi ótimo há 10 anos quando vimos o primeiro Homem-Aranha e Homem de Ferro. Mas agora, é como o número cinco, seis e sete; O super-herói está trabalhando com outro super-herói, mas não é a mesma coisa. Estou perdido."
Besson foi além e classifica o Capitão América como um produto da propaganda americana:
"O que mais me incomoda é que está sempre pronto para mostrar a supremacia da América e como eles são ótimos. Quero dizer, qual país do mundo teria a coragem de chamar um filme capitão do Brasil ou capitão da França? Quero dizer, ninguém! Nós ficamos tão envergonhados e dizemos: 'Não, não, vamos, não podemos fazer isso.' Eles podem. Eles podem chamá-lo de Capitão América e todos pensam que é normal. Não estou aqui para propaganda, estou aqui para contar uma história ".
Apesar de não ter interesse em realizar filmes de super-heróis, o novo filme de Besson é sobre personagens de quadrinhos.
"Valerian e Laureline não são super-heróis. Eles nem são heróis. São pessoas como você e eu. Eles são policiais. Eles fazem o trabalho deles. Mas às vezes eles podem ser heróicos. E é isso que eu amo. Porque posso me relacionar com isso ". Completa Luc Besson.
Valerian e a Cidade dos Mil Planetas estreiou no dia 10 nos cinemas, inclusive com a presença do direto no Brasil, no início deste mês.
Ambientado no século XXVIII, o longa conta a história de Valerian (DeHaan) e Laureline (Cara Delavigne). Eles são agentes espaciais encarregados de manter a ordem em todos os territórios humanos no espaço. Além de Cara e DeHaan, o filme também traz no elenco Clive Owen, Ethan Hawke e Rihanna.